Oi oi, pessoal! Para abrir nossa coluna sobre "sexo e sexualidade" resolvemos abordar um assunto muuuito legal, talvez comum, mas não tanto com a gente pensa. Como a coluna tem por finalidade trazer assuntos, novidades, informações e coisas do tipo sobre qualquer tema relacionado a sexo e sexualidade, estamos abertos para sugestões, ok?! Ok, então vamos lá.
Se toda mulher tivesse noção do tamanho da capacidade que carrega nas mãos, no corpo, na mente e no espírito, o mundo estaria tão mais cheio de beleza e força do que já tem, graças a tantas outras pessoas que sabem dessa energia que emana o ser feminino.
Conhecer-se é um processo um tanto complexo para uns e avassalador pra outros, mas todo o processo se resume ao simples fato de ser exatamente aquilo que é. E ainda que tanto se discuta por ai, sexualidade tem sim uma parte significativa nesse autoconhecimento; talvez discutir sobre sexualidade renda tantos outros textos que aqui não conseguiria abranger tantas vertentes, opiniões, conceitos e a fins sobre o tema.
A mística que mulher não pode sentir prazer é um tipo de pensamento cultural já formulado e fincado na sociedade desde muito tempo, mas com o advindo da liberdade de pensamento e ações femininas depois da década de 60, dá o direito a mulher de se posicionar e escolher sobre seu corpo, com isso, dissociando o que se acreditava que mulher era sinônimo apenas para procriação. No entanto, cá estamos para discutir sobre algo, talvez um tanto peculiar para muit@s: pompoarismo feminino (porque sim, existe um masculino, mas não é o foco).
Interessante como ainda o pompoar é visto como um bicho de sete cabeças por tanta gente, ainda que seja algo que é passado a mais de 1500 anos de mulher para mulher com a simples finalidade de dar mais prazer feminino e ter relações saudáveis. O fato da mulher reconhecer que ela pode sentir o prazer que quer e, além disso, buscar a forma de como conseguir isso, já lhe dá um potencial significativo para ter mais poder sobre si, sobre sua consciência, seus sentimentos e seu potencial sexual como mulher.
Além disso, as técnicas eram muito comuns nas apresentações de gueixas e profissionais do sexo onde exibiam suas altas performances ao público.
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O pompoarismo, conhecido também como “ginástica pélvica” ou “ginástica íntima”, é baseado em técnicas e exercícios; em alguns lugares são perpassados de mães para filhas com a finalidade de promover uma relação saudável com sua parte física relacionado a região íntima e, também, a sua parte psíquica, envolvendo prazer e sexualidade, como na Tailândia. Pompoar, em sânscrito, significa “sugar” e expressa justamente ter o controle total dos músculos pélvicos (do quadril) e da vagina através dessa técnica de “sugar”. É uma antiga técnica oriental que foi sendo aperfeiçoada ao longo do tempo entre as regiões da Índia, Tailândia e Japão, fazendo parte de rituais de fertilidade sendo passadas pelas sacerdotisas. A partir da década de 50, o ato de pompoar foi sendo melhor abordado, sendo utilizado como “ginástica”, ou fisioterapia, para a prevenção e/ou tratamento de algumas condições. Indo ainda mais além, as técnicas de pompoarismo são recomendadas para o período pós-parto, pois auxilia a tonificar mais ainda a vagina que acabou de passar por um período de parto e, além disso, previne incontinências urinárias, conhecidos como “Exercícios de Kegel”.1,2,3
O ato de realizar o exercício tonifica os músculos pélvicos e da vagina e a força em que se coloca aumenta os fluxos sanguíneos na região, sensibilizando e facilitando a potencialização de excitação e orgasmos. É muito comum quando está se realizando o exercício, sentir-se muito excitada. A técnica quando utilizada na hora do sexo, aumenta o prazer não só de quem faz, mas também do companheiro. A força aumenta o fluxo sanguíneo pélvico dos dois, o que pode acarretar em orgasmos muito mais intensos e conjunto. 1,2
Existiu um senhor que dedicou boa parte da sua vida a conhecer melhor sobre o assunto, ele era conhecido como O “Velho Mestre” e definiu que nesses exercícios a vagina poderia fazer movimentos básicos como2:
1. Sugar: puxar o pênis para dentro da vagina, com ajuda dos músculos;
2. Revirginar: contrair com muita força o músculo da entrada da vagina, a ponto de dificultar a penetração;
3. Ordenhar: contrair individualmente os anéis circunvaginais, em forma sequencial com força média;
4. Dedilhar: imagine tocar um instrumento musical: os anéis vaginais se fecham alternamente, como o dedilhar de um instrumento;
5. Expulsar: quando a vagina expele o pênis.
É sempre bom lembrar que cada mulher tem um corpo diferente, as técnicas podem ser mais fáceis para umas e mais difíceis para outras, mas tudo depende apenas da prática. Caso tenha muita dificuldade nos exercícios, procure um profissional adequado para lhe acompanhar, a exemplo temos a fisioterapia uroginecológica/pélvica como uma das especialidades que podem ser procuradas. Bom, pra não ficar muuuito longo, o post sobre Pompoarismo será dividido. Sendo assim, nos próximos dias serão postados sobre os exercícios e a fins.
Espero que tenham gostado. J
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 FONTANELLA, T.
A arte do pompoarismo: autoconhecimento, prazer e alegria. In: ENCONTRO PARANAENSE, CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XV, X, 2010. Anais. Curtiba: Centro Reichiano, 2010. CD-ROM. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos. Acesso em Dez., 2014.